Vamos provar que isso é verdade.
Começamos com a seguinte igualdade, que é verdadeira:
16 - 36 = 25 - 45
Somamos (81/4) nos dois lados, o que não altera a igualdade:
16 - 36 + (81/4) = 25 - 45 + (81/4)
Isso pode ser escrito da seguinte forma: (trinômio quadrado perfeito)
(4-(9/2))2 = (5-(9/2))2
Tirando a raiz quadrada em ambos os lados temos:
4 - (9/2) = 5 - (9/2)
Somando (9/2) nos dois lados da igualdade temos:
4 = 5
Como 4 = 2 + 2 chegamos a seguinte conclusão:
2 + 2 = 5.
É evidente que temos um erro nessa demonstração.
E quem descobri-lo ganhará uma pipoca doce.
terça-feira, 25 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
O quociente e a incógnita
"Às folhas tantas do livro de matemática,
um quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do ápice à base.
Uma figura ímpar olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo ortogonal, seios esferóides. Fez da sua uma vida paralela a dela até que se encontraram no infinito.
"Quem és tu?" - indagou ele com ânsia radical.
"Eu sou a soma dos quadrados dos catetos,
mas pode me chamar de hipotenusa".
E de falarem descobriram que eram o que, em aritmética,
corresponde a almas irmãs, primos entre-si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas,
curvas, círculos e linhas senoidais.
Nos jardins da quarta dimensão,
escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
e os exegetas do universo finito.
Romperam convenções Newtonianas e Pitagóricas e, enfim,
resolveram se casar, constituir um lar mais que um lar,
uma perpendicular.
Convidaram os padrinhos:
o poliedro e a bissetriz, e fizeram os planos, equações e diagramas para o futuro,
sonhando com uma felicicdade integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos
e foram felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia.
Foi então que surgiu o máximo divisor comum,
frequentador de círculos concêntricos viciosos,
ofereceu-lhe,
a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, quociente percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade.
Era o triângulo tanto chamado amoroso desse problema,
ele era a fração mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser moralidade,
como, aliás, em qualquer Sociedade ..."
Millôr Fernandes
Esse poema, ou trechos dele, já inspiraram questões de várias provas.
E é de fato uma obra de arte. Mas penso que o grande Millôr deveria ter apresentado a hipotenusa da forma correta, dizendo:
"Eu sou a soma dos quadrados das medidas dos catetos, mas pode me chamar de quadrado da medida da hipotenusa".
Pensando bem, ficaria totalmente sem sonoridade. Correto, mas sem o ar poético que o Millôr usou brilhantemente.
É, acho que é melhor eu continuar ensinando matemática e deixar a poesia para quem realmente conhece.
um quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do ápice à base.
Uma figura ímpar olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo ortogonal, seios esferóides. Fez da sua uma vida paralela a dela até que se encontraram no infinito.
"Quem és tu?" - indagou ele com ânsia radical.
"Eu sou a soma dos quadrados dos catetos,
mas pode me chamar de hipotenusa".
E de falarem descobriram que eram o que, em aritmética,
corresponde a almas irmãs, primos entre-si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas,
curvas, círculos e linhas senoidais.
Nos jardins da quarta dimensão,
escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
e os exegetas do universo finito.
Romperam convenções Newtonianas e Pitagóricas e, enfim,
resolveram se casar, constituir um lar mais que um lar,
uma perpendicular.
Convidaram os padrinhos:
o poliedro e a bissetriz, e fizeram os planos, equações e diagramas para o futuro,
sonhando com uma felicicdade integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos
e foram felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia.
Foi então que surgiu o máximo divisor comum,
frequentador de círculos concêntricos viciosos,
ofereceu-lhe,
a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, quociente percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade.
Era o triângulo tanto chamado amoroso desse problema,
ele era a fração mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser moralidade,
como, aliás, em qualquer Sociedade ..."
Millôr Fernandes
Esse poema, ou trechos dele, já inspiraram questões de várias provas.
E é de fato uma obra de arte. Mas penso que o grande Millôr deveria ter apresentado a hipotenusa da forma correta, dizendo:
"Eu sou a soma dos quadrados das medidas dos catetos, mas pode me chamar de quadrado da medida da hipotenusa".
Pensando bem, ficaria totalmente sem sonoridade. Correto, mas sem o ar poético que o Millôr usou brilhantemente.
É, acho que é melhor eu continuar ensinando matemática e deixar a poesia para quem realmente conhece.
domingo, 16 de maio de 2010
Ternos Pitagóricos
Hoje em dia são conhecidas algumas centenas de demonstrações do chamado Teorema de Pitágoras, segundo o qual, dado um triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos. Embora já conhecido antes de Pitágoras, é bem possível contudo que se deva a ele, ou à sua escola, a primeira demonstração dessa relação fundamental da geometria métrica.
Mas, considerando o grau de preocupação dos pitagóricos no sentido de ligar os números naturais à geometria, era elementar que eles se preocupassem em determinar todos os triângulos retângulos de lados inteiros.Este problemas consiste em resolver, no conjuntos dos ternos ordenados de números naturais não nulos, a equação x (ao quadrado) = y (ao quadrado) + z (ao quadrado), cada um dos ternos que solucionam este problemas recebem o nome de ternos Pitagóricos.
Existem infinitos ternos pitagóricos e, para se conseguir um desses é só escolher um números ímpar maior que 1 para ser a medida do primeiro cateto; elevá-lo ao quadrado, subtrair 1 e dividir o resultado por dois para se chegar à medida do segundo cateto e, para se obter a medida da hipotenusa, eleva-se o número ímpar escolhido inicialmente ao quadrado e, agora, soma-se 1 e divide-se o resultado por 2.
Obs. O terno em negrito não foi obtido da maneira descrita acima, mas também se enquadra ao teorema de Pitágoras.
Mas, considerando o grau de preocupação dos pitagóricos no sentido de ligar os números naturais à geometria, era elementar que eles se preocupassem em determinar todos os triângulos retângulos de lados inteiros.Este problemas consiste em resolver, no conjuntos dos ternos ordenados de números naturais não nulos, a equação x (ao quadrado) = y (ao quadrado) + z (ao quadrado), cada um dos ternos que solucionam este problemas recebem o nome de ternos Pitagóricos.
Três ternos famosos:
cateto cateto hipotenusa
3 4 5 (Triângulo Pitagórico)
5 12 13 (Triângulo de Platão)
7 24 25
8 15 17
Existem infinitos ternos pitagóricos e, para se conseguir um desses é só escolher um números ímpar maior que 1 para ser a medida do primeiro cateto; elevá-lo ao quadrado, subtrair 1 e dividir o resultado por dois para se chegar à medida do segundo cateto e, para se obter a medida da hipotenusa, eleva-se o número ímpar escolhido inicialmente ao quadrado e, agora, soma-se 1 e divide-se o resultado por 2.
Obs. O terno em negrito não foi obtido da maneira descrita acima, mas também se enquadra ao teorema de Pitágoras.
Assinar:
Postagens (Atom)